quarto dia / de Iguape a Peruibe/116 km

Dia 29/10/2013

A partir de agora tenho so asfalto pela frente. Talvez  uns 950 km ate ao rio de janeiro.

Meu chao. O registro fotografico vai rarear .

O diario serve de registro para alguns que querem acompanhar a viagem .Mas nao gosto muito de documentar porque  nao e esse o objetivo. Quero apenas conhecer o caminho. A exploracao necessita muito mais tempo. Muito mais tempo . Sou interessado por diversas coisas e cada lugar demandaria um tempo que nao estou disposto a gastar .

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alguns km a frente e a entrada para a praia da Jueria.

 

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No caminho o vento era neutro

Uns 40 km a frente e surge uma serrinha . Antes da serra uma plac aindica a entrada da estrada do Espraiado.

Para para perguntar sobre a estrada . Nao me aconselham a seguir esse rumo como atalho. Posso me perder . Sao varios moradores pelo caminho mas a estrada se transforma numa trilha que vai ter bifurccoes que vao me confundir.

O melhor seria fazer esse caminho companhado com alguem que conheca.

Segui adiante ate alcncar a Br116. Parei num posto para almocar /buffet na restaurante Batistela.

O vento sorva contra .

Segui as placas , caminho de Peruibe e cheguei em Pedro De Toledo pelas 16h ( devido ao vento e ao sobe desce).

alcancei Peruibe pelas 18/19h. Cansado  fui atras de um Hotel.

Pousada Vitoria Regia. Bem recomendado e caro ( R$160)  fiquei por la mesmo.

Tomei banho e lavei a roupa do pedal e sai rapidinho pra comer algo aproveitando a pouca luz que restava.

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A bike no jardim interno .

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O patio com a piscina que nao aproveitei.

jantei num restaurante com patio interno . picanha com fritas e arroz com um cerveja bem gelada. Tudo de bom.

Nada mais restava a nao ser descansar .

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terceiro dia /Ararapira – Cananeia de barco / pedal pela ilha comprida

dia 28/10/2013

saida de ararapira. Mauro conduzindo a voadeira , comprada recentemente – casco fabricado em Jureia e equipado com motor yamaha 40 hp de 2 tempos.

A viagem iria consumir  23 litros de gasolina. acontece que o custo de aquisicao de um motor 4 tempos , mais economico, era muito para ele.

Todos os insumos para a vida , exceto o peixe, eles necessitam do barco para obter. As fontes de carbohidratos  devm vir da civilizacao porque o tal Ibama nao permite nenhum cultivo na area do parque. Meio absurda a restricao uma vez que esse povo esta la por 300 anos e deveria ter a base de subsistencia mantida

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Na saida passamos por um vizinho para coletar uns peixes. Perdi de fotografar uns baitas bagres e 2 flechas ( o robalo que muitos pescadores anseiam por pegar /).

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A foto  de cananeia . Ja com a bike com o pneu trocado numa bicicletaria proxima do porto . Um grande terminal de pesca de cananeia .

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Ao lado da igreja uma paradinha pra comer uma coxinha e tomar um cafe.

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Esperando o ferry boat para Ilha comprida.

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Saindo do ferry boat em linha reta , uns 4 km, chego na praia. A mare alta inviabiliza o progresso . Sou obrigao a esperar a natureza agir . Para num boteco e toma minha Itaipava.

J’a tinha almocado, denovo, o prato caicara  a mare nao recuava.

Uma dica de um pessoal foi a de pegar um onibus que saia as 14 h . Ate a localidade de Pedrinhas. De la uma rua asfaltada paralela a praia me levaria a Iguape. Fui atras do onibus e o motorista disse que nao irria porque essa mare era uma armadilha de atoleiro .

Aguardei mais uma hora e segui pela ladinho da praia. A areia , hora fofa ,hora semi fofa, nao impediu o progresso porque o vento soprava forte vinda do sul.

Masi um tempo e o pedal rendia mais .apesar do pedal pesado estava com muita vontade de pedalar.Aquilo me lembrou demais a vastidao da praia do cassino.

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Uns 4 km antes peguei a estrada asfaltada. Parei  posto de bombeiros para passar uma agua na bike e seguia Iguape.

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Sobre a ponte ve-se ao fundo enorme parque da Jureia.

Cheguei em Iguape pelas 18:30 h. La me informei , no posto, por um hotel. Parei no SiviHotel.

Cansado nao tinha mais nada a fazer a nao ser esperar a recuperacao fisica para o dia seguinte. Cidade bonita .

Valeu a pena chegar ate aqui .

 

Segundo dia / De superagui a Barra de Ararapira

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Foto acima retirei do google maps/ la estao postadas fotos do local /barra do superagui

Dia 27 /10/2013

De manha sai sem o contato de que alguem vir, ia me apanhar na barra de ararapira.

O visual legal , vento ameno e a pedalada tranquila me levaram ate o ponto que o pneu furou. Ptzssssssssssssssss.

Descobri tristemente que o pneu estava cortado. Minha experiencia me dizia que nao daria pra ir longe . Fiz um conserto rapido e segui ate onde nao dava mais para pedalar . o pedala dura umas 3 horas/dependendo da areia .

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Uma hora ou menos de espera e um barco se aproximava rapidamente com o cara acenando.

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Chamei: -Rubens?  \Respondeu: – sou filho dele , Deco.

Expliquei que o plano era passar pra ilha do cardoso mas que o pneu rasgado seria melhor seguir ate maruja ( o ponto onde saio ferry boat.

Ele explicou que o barco nao era dele (era de Mauro) e que Mauro seguiria no dia seguinte para Cananeia.

Foi assim que fomos ate o dono do barco. Mauro tem uma pequena pousada e um micro mercado. Vive essencialmente da pesca ( como os demais dali -umas 50 pessoas) .

A grande dificuldade foi pagar o Deco. ele nao queria cobrar nada . Foi um favor apenas. Mas insisti muito e Mauro convenceu aceitar uns trocos.

Mauro preparou um cafe e eu fui acertar o conserto provisorio. felizmente tinha levado um pedaco de silver tape para um conserto mais decente. garantindo que teria alguma autonomia ate achar uma loja de bike em cananeia.

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Logo depois gastei meu tempo explorando o lugar.

Aqui a misteriosa cataia – cuja explora;cao e restrita aquele lugar. O ibama nao permite ningeum mais retirar.

Leia aqui : http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/verao/conteudo.phtml?id=968950

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Aqui a arvore que se confunde com qualquer outro arbusto. segundo o Mauro da pra distinguir 3 tipos ( um mais forte, outro medio e um com gosto menos acentuado ). Uma comparacao singela pode ser feita com a folha do louro. tem gosto caracteristico. Em superagui ( no bar do eraraldo ) ele faz uma caipinrinha que ele denomina de psicotica , usando a cachaca curtida em folhas de cataia ( tambem denominada a erva do esquecimento)

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Aqui , nessa casa,as mulheres manipulam e processam as folhas da cataia para fazer o uisque caicara.

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Uma visao da tranquilidade do local.

O dia transcorreu tranquilo e , mais tarde , quando um gruo de pescadores de miracatu aparecerampor la trazendo a encomenda de Mauro( um galao de 30 liro de cachaca – porque seesgotou o estoque) tudo foi mais tranquilo ainda. Bebericando cachaca autentica de nao-se-onde onversando sobre  tudo com os caicaras nativos . Afinal era domingo e estavam todos folgando.

Um aspecto merece ser destacado. O pessoal e muito tranquilo , sao felizes e as risadas sao muito faceis .Qualquer coisa e motivo de riso .

Vale registrar algo que eu desconhecia : A utilizacao como material de construcao, de uma chapa de uns 6 mm de espessura de 2,00 m por 1 ,00 m, de material reciclado . Depois fui descobrir que sao chapas de tetraplac reciclado . Sao 3 fabricas em sao paulo de chapas e telhas.

Por serem leves, impermeaveis e resistentes sao a base para as novas cosntrucoes.

A luz eletrica ja esta presente com a Copel instalando unidades de energia solar ( com banco de baterias de litio) . Dois rapazes estavam la finalizando as instalacoes ( iniciaram ha mais de 1 ano) . Foi vetado a expansao dos cabos submarinos ( que levam luz a ilha do mel e superagui) .

O almoco e jantar baseados no costume caicara. Arroz , feijao, salada e peixe frito. perfeito!

viagem de bicicleta do Parana ao Rio de janeiro

O equipamento seria o minimo que pudesse prover  para vestir, higienizar e registrar a viagem.

Esse minimo me deu um trabalhao par definir . Um alforge impermeavel dianteiro para a maqina fotografica, celular , documentos , dinheiro , lanterna e pihas, papel ,caneta,protetor solar e repelente de mosquito.

Uma bolsa traseira com roupas para passeio /dormir( short e camiseta), dois pares de meia, uma cueca  , uma calca e uma camisa , uma camiseta de manga comprida . Um pacote plastico com o minimo de coisas de banheiro.Acoplado na garupeira um par de chinelo croc e um kit ( ferramentas da bike , duas camaras e bomba de ar). A roupa de pedalar e uma jaqueta de chuva ( que ia no alforge dianteiro) completando e finalizando um par de tenis .

O plano  de viagem seria sair de Paranaguá com destino a superagui .

De la seguindo para a barra da Ararapira e indo pela Ilha do Cardoso ( Maruja) .

De maruja pegando um barco para Cananeia. De cananeia pegando um ferry boat para a Ilha comprida e seguindo para Iguape.

De iguape em diante seguindo pelo litoral ate alcancar o Rio de Janeiro.Total estimado de 1.000 km.

Primeiro Dia.

Saindo de Paranagua para Superagui em 26/10/2013

Todos os dias as 15 h tem algum barco saindo.Custo ( acho que r$ 25,00)- esqueci!!

La encontrei com Claudio- que milita pela defesa dos direitos da comunidade de superagui.

http://redepuxirao.blogspot.com.br/

saindo de paranagua

A bike carregada no piso superior do barco

visao do rio itibere

Uma visao do rio Itibere

visao do caminho pela baia de paranagua

Indo pela baia de paranagua

superagui e alguns modais

Em superagui, debaixo do deck da rampa de acesso,  os meios de transporte.

praia de superaqui

A praia de superagui

totem de chinelos

Totem de chinelos.

grupo de superagui

grupo de cantoria no bar AKDOV

 

Fiquei na pousada superaqui. No site você contata o Dalton ( ou Olga) .

http://www.pousadasuperagui.com.br/

Antes de  de seguir adiante  ‘e necessario contatar alguem na barra de ararapira para fazer a travessia . Nao da pra contar com a sorte . Os barcos ficam sempre ao longe.

O pessoal sempre muito solicito . As pessoas se ajudam mutuamente pois isso eh a base da cultura dessas comunidades. Um sempre precisa do outro

No dia nao consegui fazer contato .algo nao estava certo . Tentativa por radio tambem nao deu . Ficando mais tarde da noite ‘e ainda mais  dificil porque o pessoal tem habito de dormir cedo .